sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

“Sindrome de Burnout”,não será esse o motivo dos problemas crescentes do serviço publico.

Hoje observamos,no nosso pais,uma insatisfação crescente pelos serviços prestados pelo poder publico.Isso seria uma herança maldita ou uma doença?

Analisando o primeiro motivo,vemos que todos os servidores que já trabalhavam antes da promulgação da lei onde se exige que todos os servidores publicos tenham realizado concurso estão com sintomas iguais ou mais aparentes do que os novatos.Seguindo a forma de avaliação vemos que todos(veteranos ou novatos)demonstram sintomas iguais(com maior ou menor intencidade) de uma doença do trabalho conhecida como Sindrome de Burnout.Essa doença prejudica muito o rendimento do servidor mesmo nos estagios mais leves.Explicando:

Sindrome de Burnout

Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como “(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional.’’

Estágios

São doze os estágios de Burnout:

  • Necessidade de se afirmar
  • Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
  • Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
  • Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
  • Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
  • Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
  • Recolhimento;
  • Mudanças evidentes de comportamento;
  • Despersonalização;
  • Vazio interior;
  • Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
  • E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.[1]

Sintomas

Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional. O professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de "Burnout" em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais depressivos; a terceira desenvolve um transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.[1]

Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnoutrefere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).

Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout. Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.

Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, mas com o estudo intenso continuado com privação do lazer, de actividades lúdicas, ou de outro equivalente de fruição hedónica. Talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com altos níveis de stress ou consumição, podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais destress ou esforço. Taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, engenheiros, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout)

A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse ou desgaste profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.

Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).

Espero que os lideres dos serviços publicos tenham a conciencia  e a sensatez de observar que sem a base toda e qualquer base rui,assim respeite aquele que o represente.

Um comentário:

  1. Caro amigo Rubens, vem a calhar este assunto, em um momento em que muitos de nossos colegas e muitas de nossas colegas de trabalho apresentam vários sintomas como os relatados nesse artigo. Só na Base Sul temos em torno de 6 pessoas padecendo de depressão, umas afastadas, outras trabalhando sob medicação. Essas 6 pessoas são os casos conhecidos porque são os mais graves, mas acredito que temos muitos mais; temos colegas que procuram fuga na bebida outros nas drogas.Estes fatos estão se tornando muito comum. Esta matéria que você disponibilizou em seu blog certamente será de grande valia. Não podemos ficar de braços cruzados enquanto colegas nossos se intoxicam e alguns até já falaram em suicídio. Não estou exagerando, esta é a pura realidade. O descontentamento com o sistema que impuseram no nosso setor de trabalho é muito grande. Nós não sentimos motivação, pois nos tratam como se fôssemos escravos ou robôs, sem sentimentos e sem vontade própria. Estou convicto que há uma falta de gestão muito grande. As pessoas que estão no comando do controle de vetores não tem competencia emocional para comandar. Para comandar um setor grande como o nosso não basta competência técnica; é necessário que haja as qualidades de lider: respeito à opinião do funcionário, diálogo, empatia, preocupação com a saúde dos agentes. Muito obrigado pelas sugestões. Acredito que com a união da maioria dos companheiros e companheiras poderemos sensibilizar a população e quem sabe os nossos políticos. Se não nos ouvirem agora, no futuro se arrependerão pois muitas coisas desagradáveis poderão acontecer.
    Abraços fraternos
    Seu admirador e amigo
    Laercio Pires

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