sábado, 11 de setembro de 2010

Para aqueles que procuram conhecimento sobre controle biológico do nosso inimigo Aedes




Controle biológico

Entre as medidas de controle biológico,os predadores do tipo peixes larvófagos são os mais recomendados por sua fácil obtenção e manutenção, especialmente para bebedouros
de grandes animais, fossos de elevador de obras, espelhos d’água/fontes ornamentais,piscinas abandonadas e depósitos de água não potável. Predadores como os copépodos também vêm sendo utilizados por alguns programas e culicídeos não hematófagos do gênero Toxorhinchites não têm mostrado fácil aplicabilidade As bactérias do tipo Bacillus thuringiensis var israelensis (Bti) e o Bacillus sphaericus são específicos para o controle de larvas de culicídeos, sendo que o primeiro apresenta melhores resultados contra o Aedes aegypti.Sua ação tóxica é causada por uma toxina presente no corpo paraesporal do bacilo. O Bti vem sendo utilizado no Brasil em substituição ao temephos em regiões onde foi detectada resistência do Aedes aegypti a esse organofosforado. Hormônios miméticos (reguladores de crescimento“sintéticos”) têm mostrado bons resultados para controle de larvas de culicídeos.Atualmente, estão disponíveis no mercado
formulações de methoprene, diflubenzuron, pyripropixyfen e triflumuron, sendo que para o Aedes aegypti, o primeiro é o mais utilizado. A incorporação do seu uso em programas de controle desse vetor exige adequação na metodologia de vigilância entomológica para estimar indicadores de densidade larvária.

Controle genético

Vários métodos genéticos de controle de culicídeos vêm sendo estudados em laboratório.A utilização de machos estéreis, visando reduzir a fertilidade da população local,foi objeto de testes em campo. Outro método é a produção de cepas não suscetíveis a agentes de doenças, visando substituir as populações locais por essas cepas refratárias.No entanto, ainda não foi possível incorporar nenhum desses métodos em programas de controle.

Controle químico

Medidas de controle químico com ação larvicida em formulação de liberação lenta vem sendo empregada mundialmente, destacando-se o temephos como o larvicida de mais ampla utilização (tratamento focal). A maioria dos programas de controle de Aedes aegypti empregam duas modalidades de controle químico adulticida: a borrifação de inseticida de ação residual denominada de tratamento perifocal, indicada para uso rotineiro específico em imóveis que, além concentrarem muitos recipientes em condições que favorecem a proliferação de formas imaturas, contribuem para a dispersão passiva do vetor e a aplicação espacial de inseticida a ultra baixo volume (UBV), indicado para situações de transmissão. Embora se tenha conhecimento de que a sustentabilidade o programa aumenta com a intensidade
de incorporação das ações de controle físico e biológico, especialmente daquelas que possam ser implementadas com a participação da comunidade e de vários segmentos produtivos, o controle químico ainda assume papel importante na estratégia desenvolvida no Brasil, inclusive em períodos interepidêmicos. Visando maior sustentabilidade do programa, desde 2000 a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SSESP) vem discutindo com os municípios,formas de restringir o controle químico e,ao mesmo tempo, aumentar o envolvimento da sociedade no controle do vetor.

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